sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Leia Aqui: Empresas que investem em sustentabilidade a favor de um mundo melhor para esta e as futuras gerações.

 

Case | Souza Cruz Uberlândia

Otimização na gestão de resíduos sólidos da fábrica de Uberlândia

Durante os últimos anos a unidade implementou diversas ações visando racionalizar o uso da matéria prima, identificando nos diversos processos industriais a oportunidade de evitar perdas, bem como aprimorar a manutenção e operação dos equipamentos. Estas ações resultaram em economia, respeito ao meio ambiente, além do reconhecimento, com a 8ª posição no Benchmarking Ambiental Brasileiro, prêmio recebido no segundo semestre de 2010.

Para que todo o processo fosse desenvolvido, foi trabalhado junto aos colaboradores o conceito de reutilizar tudo que fosse possível nos processos produtivos ou de apoio e, caso não fosse possível, os resíduos seriam enviados para a reciclagem ou compostagem com o auxílio de empresas especializadas e licenciadas para esta atividade.

Das 7500 toneladas de resíduos geradas em meados de 2000, em 2009, apenas 30 toneladas eram enviadas ao aterro sanitário de Uberlândia. E este resíduo era composto por papel higiênico, papel toalha e resíduos alimentares, apenas 0,4% do que era gerado pela unidade. O restante, equivalente a 99,6%, foi reutilizado internamente, como composto orgânico por meio de compostagem ou reciclados, incluindo os resíduos perigosos Classe I, conforme estabelecido na NBR 10004.

É sabido que as indústrias devem ter como meta contribuir para a manutenção de um meio ambiente adequado, procurando desenvolver novas tecnologias para racionalizar, reaproveitar, reciclar e tratar todos os seus resíduos gerados durante o processo produtivo. A gestão adequada destes envolve ações como prevenção, minimização, conscientização, racionalização, reutilização, reciclagem, busca de tecnologias mais limpas, além de substituição de matéria prima por outras menos poluentes e, se possível, a utilização de resíduos como fonte energética.

Segundo a Abetre (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos) até o ano de 2007 a disposição dos resíduos industriais em aterros compreendia, em média, 76% dos resíduos gerados, ou seja, mesmo com uma melhora significativa na destinação final dos resíduos nos últimos anos, ainda há um longo caminho a percorrer para se chegar a uma gestão adequada dos resíduos sólidos gerados no Brasil.

O projeto Souza Cruz Uberlândia demonstra a busca constante da empresa em alcançar o desenvolvimento econômico aliada as necessidades sócioambientais da sociedade, resultando em um índice de 99,6% de destinação adequada dos resíduos gerados em sua unidade.

A implantação

Desde a implantação, a Fábrica de Uberlândia desenvolve atividades que visa a preservação do Meio Ambiente, contemplando em suas ações a realização de estudos, projetos e implantações que atendem a requisitos técnicos, legais e da própria política da empresa, que busca concretizar melhores resultados para o desenvolvimento de suas atividades nesta importante área de preservação do Meio Ambiente, interno e externo.

Das 7500 toneladas de resíduos sólidos gerados em 2000, 40% deste total era destinado ao aterro sanitário de Uberlândia, ou seja, 3000 toneladas por ano eram destinadas ao Aterro Municipal, que é considerado doméstico e não industrial.

Buscando alternativas, a empresa desenvolveu parceria com empresa especializada em Compostagem que, a partir de 2001, começou a receber parte dos resíduos de pó de fumo, casca de lenha, cinza das caldeiras e lodo da Estação de Tratamento de Efluentes.

Em 2005 iniciou-se utilização do resíduo do pó de fumo como matriz energética nas caldeiras, projeto desenvolvido em parceria com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), sendo finalizado em 2007. Neste mesmo ano foi iniciado o Projeto de Destinação de Pó de Fumo para a Fazenda Buriti da Prata, onde o mesmo foi destinado como composto orgânico em complementação a adubação tradicional.

No ano de 2008 foi realizado o investimento para a implementação da área de segregação de resíduos da unidade, uma área de aproximadamente 500 m2, onde os resíduos são pesados e destinados nas respectivas caçambas de coleta. Nesta área é realizado o monitoramento e o inventário mensal de resíduos enviados para o órgão ambiental. Para aumentar a confiabilidade das informações geradas foi adquirida, também em 2008, uma balança rodoviária que foi instalada próxima à saída da fábrica.

Em 2009 foi adquirido o equipamento para a realização do tratamento de emissões atmosféricas através de filtros de manga, cujo objetivo final é retirar a maior quantidade possível de material particulado, possibilitando a destinação correta de cinzas geradas neste processo.

A sincronia, abrangência e motivação

Desenvolvido com uma visão multidisciplinar, o projeto sempre esteve focado na cooperação e participação de várias áreas e unidades da companhia, principalmente com o envolvimento de diversos profissionais.

O processo de implementação e monitoramento das ações envolveram diretamente 48 colaboradores das áreas citadas a seguir, além de contar com mais 15 colaboradores de empresas parceiras no desenvolvimento dos projetos. É importante mencionar que a execução destas atividades possibilitou o desenvolvimento individual de todos os envolvidos, através dos treinamentos e discussões realizados em todas as etapas dos projetos, que contou com a participação das seguintes áreas:

Engenharia Industrial:

Área responsável por coordenar todas as ações de meio ambiente da fábrica de Uberlândia e potencializar seus resultados. Desenvolveu e implementou os projeto de queima de briquete; a destinação do pó de fumo para a Fazenda Buriti da Prata; a área de segregação de resíduos; além do monitoramento do inventário e instalação da balança de pesagem.

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento:

Envolvimento direto de pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa que acompanhou e contribuiu para a implementação das ações do projeto de queima do resíduo de pó de fumo na forma de briquete.

Segurança do Trabalho:

Esteve presente em todas as etapas do projeto avaliando e orientando todas as ações a fim de minimizar eventuais riscos de acidentes nas operações tanto na área industrial quanto na Fazenda Buriti da Prata.

Segurança Patrimonial:

Esteve presente em todas as etapas do projeto avaliando e orientando todas as ações a fim de minimizar eventuais riscos ao patrimônio da empresa.

Setor de comunicação corporativa e treinamento:

Auxilio em todas a etapas que houve a necessidade de comunicação interna e externa, além de realizar algumas etapas de treinamento para o desenvolvimento do projeto.

Equipe multidisciplinar

Uma equipe de consultores e de profissionais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), multidisciplinar e especializada em planejamento ambiental com vasto conhecimento técnico referente ao manejo florestal e caracterização dos resíduos gerados, foi responsável pelo monitoramento das ações implementadas na destinação do pó de fumo na Fazenda Buriti da Prata.

A política ambiental da empresa possui a premissa de que a empresa adotará práticas, produtos e serviços que atendam a legislação ambiental e a de segurança e saúde ocupacional vigente no país, além dos requisitos da BAT (Bristish American Tobacco), minimizando adequadamente os impactos da sua atividade ao meio ambiente.

Durante esses últimos anos a unidade implementou diversas ações visando racionalizar o uso de matéria prima, identificando nos diversos processos industriais a oportunidade de evitar perdas, bem como aprimorar a manutenção e operação dos nossos equipamentos.

Em 2003 foi instituída pela prefeitura municipal de Uberlândia uma taxa de entrada de resíduos no aterro municipal de Uberlândia, cobrado por tonelada, neste cenário se nada tivesse sido feito entre o ano de 2000 e 2003, a unidade teria encaminhado por ano, aproximadamente, 3.000 toneladas (40% dos resíduos gerados na unidade) com um custo aproximado de R$ 225 mil/ano. Com as ações, este gasto foi evitado.

Em 2005 começou o estudo sobre a utilização do resíduo de pó de fumo como matriz energética, propiciando a utilização média de 60 toneladas de pó de fumo nas caldeiras reduzindo o consumo de lenha de eucalipto.

Em 2007 foi investido R$ 120 mil para a adequação e implementação da área de segregação de resíduos, sendo que todos os resíduos recolhidos nos setores da unidade passaram a ser pesados e direcionados para empresas especializadas em reutilização e reciclagem de resíduos. O ponto forte foi identificar, por área, a origem de todos os resíduos da unidade, permitindo o desenvolvimento de projetos de conscientização direcionados para cada setor da unidade.

O IEF/FEAM autorizou a quantidade de três ton/hectare para os projetos adultos e 1 ton/hectare para os projetos em plantio. Foi investido R$ 60 mil para a implementação deste projeto, que é a utilização de pó de fumo como complementação a adubação química, realizada na Fazenda Buriti da Prata. Em 2009 foi investido R$ 2,3 milhões no sistema de emissões atmosféricas através de filtros de manga.

Resultados

Desde do inicio da implementação das etapas do projeto Otimização na Gestão de Resíduos Sólidos da Fábrica de Uberlândia, a empresa obteve diversos ganhos ambientais e econômicos, pois evoluiu de uma forma consistente o conceito de sustentabilidade na geração de resíduos sólidos.

No quesito econômico a unidade deixou de gastar aproximadamente R$ 225 mil/ano com a destinação adequada dos resíduos orgânicos (cinza de caldeiras, lodo da ETE, casca de lenha e resíduo de pó de fumo) que são enviados, atualmente, para a compostagem. Antes, era enviado para o aterro municipal.

Foi feita ainda a otimização da destinação de resíduos em caçambas de maior porte, com capacidade de 24m3, reduzindo de 3000 caçambas para 950 por ano, uma redução de custo de R$ 80 mil/ano.

Na questão ambiental inovou-se com a criação de alternativas sustentáveis para o negócio, como a utilização de 720 toneladas/ano de resíduo de pó de fumo como matriz energética (Projeto Briquete). A utilização de 530 toneladas/ano de pó de fumo enviados para a Fazenda Buriti da Prata para ser incorporado diretamente no solo como complemento para a adubação química.

Com a implementação da área de segregação, a unidade ganhou em eficiência no monitoramento e na acuracidade de todos os resíduos gerados, possibilitando o acompanhamento de sua geração por área e, também, o desenvolvimento de projetos de conscientização focado para a realidade de cada setor na unidade.

Um ganho expressivo para a organização é a possibilidade de conhecer de forma bem abrangente seus processos industriais, avaliando e analisando o grau de controle estabelecido dentro de cada um deles, mapeando a geração dos resíduos em cada etapa, disponibilizando um inventário desses resíduos com toda a clareza e confiabilidade dos dados, mensurando a sua geração e estipulando indicadores ambientais para acompanhar a sua eficiência garantindo a correta destinação final de todos os seus resíduos.

Este projeto é de extrema importância para a organização pois demonstra cada vez mais sua preocupação com o desenvolvimento sustentável, reforçando sua política de gestão integrada voltada para a busca constante da melhoria continua.

 

 

Case | Cemig

Ações da Cemig para conservação da biodiversidade

A Cemig promove ações de proteção aos ecossistemas e conservação da biodiversidade, dentre as quais merecem destaque o investimento em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, a manutenção de Estações Ambientais e unidades de conservação e o desenvolvimento de programas para a ictiofauna, com destaque para o Programa Peixe Vivo.

As estações ambientais da Cemig são áreas utilizadas para a realização de estudos sobre a fauna e a flora, atividades de educação ambiental e visitas programadas. Essas estações possuem mais de 4.000 hectares de áreas protegidas, distribuídas nas Reservas Ambientais de Galheiro e Jacob (ambas Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs), Volta Grande, Peti, Itutinga e Machado Mineiro.

A Unidade de Conservação Galheiro localiza-se no município de Perdizes, região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e, nessa Estação, a Cemig desenvolveu o Projeto de Monitoramento do Lobo-Guará, visando à preservação do maior canídeo da América Latina. Iniciado em 2004 por meio de convênio entre a Cemig e a Fundação Zoobotânica, esse projeto encontra-se em fase final, e envolveu pesquisa sobre a ecologia do lobo-guará utilizando tecnologia de telemetria via satélite na Estação Ambiental.

A Estação Ambiental de Jacob situa-se no município de Nova Ponte, nas margens do reservatório da UHE de Miranda e é constituída por formações florestais secundárias e cerrado, característicos da área de influência do reservatório. Os principais objetivos dessa estação são a proteção da fauna e flora, desenvolvimento de estudos científicos, educação ambiental e integração com a comunidade do seu entorno.

A Estação Ambiental de Volta Grande está localizada nos municípios de Conceição das Alagoas/MG e Miguelópolis/SP, próximo a Uberaba, em área do ecossistema Cerrado. A estação foi criada com o principal objetivo de garantir a preservação da biodiversidade das espécies de peixes e monitoramento da qualidade da água, bem como o desenvolvimento de estudos e pesquisas da fauna e flora e programa de educação ambiental. Hoje, a Estação Ambiental Volta Grande passa por um projeto de adequações, principalmente na infraestrutura, para ser transformada em Centro de Excelência em Ictiologia, com envolvimento da Cemig. órgãos ambientais e universidades, tendo como principal objetivo o desenvolvimento de pesquisas sobre peixes.

Programa Peixe Vivo

Dentre os programas que desenvolve para a ictiofauna (peixes), a Cemig destaca o Programa Peixe Vivo, que em 2009 completou dois anos de existência. O programa desenvolve diversas atividades voltadas para o incremento das ações de conservação da ictiofauna em Minas Gerais. O ano marcou o início da execução de quatro projetos de pesquisa em parceria com importantes centros de pesquisa do estado, na busca de soluções que integrem a geração de energia hidrelétrica com a conservação da ictiofauna.

Também em 2009 houve avanços significativos no projeto de criação de um dos maiores centros de pesquisa em ictiofauna do Brasil, com o início das obras de reforma dos prédios e tanques de piscicultura da Estação Ambiental de Volta Grande, que se tornará futuramente o Centro de Excelência em Ictiologia de Volta Grande.

O programa também teve resultados importantes na integração com as demais áreas da Empresa e de setores da sociedade. Em 2009 foram realizados diversos seminários, fóruns e encontros que tiveram como objetivo a disponibilização, para a sociedade, de informações sobre as ações da Cemig para a conservação da ictiofauna. O programa recebeu o 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente (prêmio promovido pelo Jornal do Brasil) como melhor trabalho de Fauna e Flora em 2009.

A Cemig possui dois viveiros florestais localizados nas estações ambientais de Itutinga e de Volta Grande e um laboratório de sementes. Esses viveiros existem para suprir a demanda dos programas ambientais desenvolvidos pela Companhia. A produção de mudas é programada em função da demanda própria e de prefeituras, ONGs, órgãos públicos e instituições de meio ambiente, para utilização em programas de proteção ao meio ambiente.

Programa A16%

O Programa AI6% - Formando Cidadãos surgiu em 2000. O objetivo geral é ampliar a parceria com os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), procurando apontar oportunidades de melhoria no relacionamento entre os Conselhos, as Organizações e a Companhia. Isso possibilita a otimização do impacto social das empresas do grupo nas comunidades do entorno, possibilitando a execução de programas e serviços de promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes em situação de risco social. Dessa forma, a Companhia promove e incentiva a participação voluntária dos empregados da Cemig e Associação Intergerencial da Cemig (AIC) em práticas sociais, estimulando-os também a contribuir por meio do repasse de parte de seu Imposto de Renda devido às CMDCAs.

Os resultados alcançados ano após ano vêem se superando. Em 2009, a meta de arrecadação de valores absolutos não foi atingida, mesmo tendo sido 1,87% superior ao montante de 2008. A campanha de 2009 possibilitou a ampliação do número de instituições beneficiadas passando de 147 para 193.

As organizações beneficiadas pelo Programa atuam em educação, capacitação para o trabalho, geração de renda, abrigos e casa lar. 38% das organizações têm como objetivo o apoio a portadores de necessidades especiais, que assim representam o maior grupo beneficiado. Elas estão localizadas em municípios com população variando de 3,8 mil a 2,2 milhões de habitantes; das 193 organizações, 41 situam-se em municípios com menos de 20.000 habitantes, das quais 21 em municípios abaixo dos parâmetros considerados ideais para o desenvolvimento segundo os indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, 2000, Índice de Exclusão Social – IES e Índice de Desenvolvimento Infantil – IDI, 2004.

A avaliação de impactos decorrentes da aplicação dos recursos cabe aos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Já a Cemig avalia a aplicação dos recursos.

www.cemig.com.br

Acesse o relatório de Sustentabilidade da empresa

 

 

Case | Sercal

Agregando valor com boas ideias

A Sercal, empresa de Monte Carmelo, identificou a oportunidade de produzir adubo a partir das cascas da madeira que é manuseada em seu pátio; além de contribuir com o meio ambiente, a empresa agregará mais valor aos seus funcionários com novos benefícios criados com esta oportunidade

Para mudar uma realidade, segundo diversos especialistas, basta ter atitude. E foi o que aconteceu com a Sercal – Serraria Carmelitana, empresa que está no mercado há pouco mais de seis anos e sediada em Monte Carmelo/MG, que fica a pouco mais de 110 km de Uberlândia. No ramo de beneficiamento de pinos e eucaliptos, a Sercal chega a movimentar, diariamente, algo em torno de nove carretas de madeira, ou seja, 2,3 mil carretas/ano ou algo em torno de 84 mil metros cúbicos de toras manuseadas no pátio, que chegam das florestas, são armazenadas, depois levadas para as serras.

Com o processo de manuseio no pátio, a casca da madeira vai ficando pelo caminho e, que, no final de cada mês acaba resultando em um significativo volume. Para garantir eficiência aos caminhões e outras máquinas que trafegam pelo pátio, é preciso retirar as cascas de tempo em tempo. “E este era um dos problemas: afinal, o que fazer com este entulho”, comenta o empresário Glênio Pena Naves de Oliveira que é sócio diretor da Serraria.

Num primeiro momento as cascas passaram a ser retiradas do pátio, que é no chão batido, um processo que começou a produzir uma mistura de terra com cascas. Mas não existia um destino final e tudo era amontoada num canto do pátio da empresa. Além de “entulho”, naquele momento, diz Glênio, “estávamos gerando uma fragilidade para o nosso negócio, principalmente com a possibilidade de incêndios”.

É que a casca, quando bem seca, se torna um material de fácil combustão. Por estar às margens do pátio e ao lado de pastagens, já ocorreu princípios de incêndios, de transferência do fogo, com facilidade, do capim para as cascas. “Começamos a entender que tínhamos um problema para resolver, primeiro com relação a segurança e, depois, com relação a quantidade de cascas (montanhas) que estamos juntando no pátio”, explica o empresário.

A atitude

“Bastou uma simples atitude para mudarmos, completamente, a maneira de administrar a situação, que deixou de ser um ‘problema’ e se transformou em uma ‘oportunidade’ de mercado”, comenta o empresário. Foi com o apoio do consultor Roberto Rodrigues, da RR Life, que identificou-se que toda aquela ‘montanha’ cascas poderia ser transformada em adubo, praticamente orgânico.

E foi o que aconteceu. A empresa encomendou uma análise técnica e ficou comprovado. “Todo o entulho que tínhamos, na verdade, se tratava de uma rica matéria-prima que poderá ser processada e vendida no mercado como adubo”, diz Glênio. Além do setor de jardinagem, o produto final, após finalizados os testes, poderá ter diversas outras aplicações, inclusive no reflorestamento.

A oportunidade

Para o consultor Roberto Rodrigues, o adubo nem teve produção iniciada, mas já tem comprador garantido no mercado. “Foi só informarmos que tínhamos a oportunidade de produzir adubo a partir das casas que recebemos solicitações, principalmente do setor de jardinagem, que consome uma boa quantidade em projetos e na venda ao varejo, em embalagens econômicas”, explica o consultor.

Para Glénio, a oportunidade será agora revertida, principalmente, em benefícios aos funcionários. “Boa parte dos nossos funcionários vieram de lavouras do município. Aqui, além da garantia do salário mensal, passaremos a oferecer importantes benefícios, a exemplo da cesta básica e até mesmo plano de saúde. E foi com a oportunidade encontrada que já estamos planejando o retorno da receita com a venda do adubo provido da casca da madeira em benefícios aos nossos funcionários”, diz.

Com a proposta a Sercal agrega valor na relação com seu funcionário e, acima de tudo, assume compromisso maior com o meio ambiente, se tornando ainda mais responsável ambientalmente, contribuindo com a sustentabilidade do seu negócio.

Para o consultor, é possível mostrar à comunidade que, por meio de ações simples, mas com significativa relevância, é possível transformar realidades e contribuir com um meio ambiente muito mais saudável. “Antes tínhamos um custo para tirar as cascas do nosso pátio. Agora passaremos a ter receita com o processo”, enfatiza Glênio. E complementa: “Não precisamos jogar lixo/entulho no meio ambiente. Com consciência e atitude, temos como garantir efetividade na nossa proposta de negócio sustentável”.

O negócio Sercal

A empresa mantém florestas próprias e processa madeira de outros fornecedores. Seu negócio está diretamente ligado à produção de caixas (embalagens) para produtores de verduras e legumes da região de São Gotardo/MG e para indústrias de metalurgia (fabricantes de peças para motores). A Sercal ainda prepara madeira para ser utilizada na construção civil (a exemplo de tábuas e pontaletes) e é produtora de cavacos para o setor de biomassa (utilização em caldeiras para geração de vapor). Neste segmento, o principal cliente é a Cargill, unidade Uberlândia. Já esta em fase de testes o fornecimento de eucalipto tratado. Entre outros produtos, também fabrica forro paulista.

A empresa já processa algo em torno de sete mil metros cúbicos de toras de madeira/mês. Toda a madeira é produzida na região de Monte Carmelo. A região sedia outras empresas do mesmo setor, o amplia a possibilidade de agregar mais valor ao processo da fabricação do adubo, por considerar o volume do manuseio somado às demais serrarias instaladas na região. A Sercal se reafirma com tecnologia de ponta e com constantes investimentos nessa área. Parte do seu processo já é automatizado.

 

 

Artigo | Sustentabilidade

Quando o subproduto vira “super produto”

Que o mundo está se transformando rapidamente, todos nós sabemos. Que as pessoas estão mais conscientes quanto a estas transformações também não é nenhuma novidade. Talvez possa ser surpresa para alguns, o fato de certas empresas estarem mais preocupadas e atentas às leis ambientais, às responsabilidades sociais e ao impacto causado pelas suas atividades produtivas. Há uma tendência visivelmente positiva quanto a isso, mas ainda é muito cedo para comemorarmos.

Sempre que inicio algum projeto de consultoria, preocupo-me em olhar para todos os setores da empresa, bem como para as ações que ela desenvolve. Procuro fazer tudo o que é preciso ser feito, mas também procuro sempre por aquilo que as empresas não fazem questão de olhar, sendo assim, não valorizam, não querem, não olham e, conseqüentemente, descartam.

Explico melhor. Existem varias empresas que, ao produzirem, geram vários tipos de resíduos e descartes que geralmente tem um destino apropriado, no entanto, nem sempre é o mais correto. Pior que isso, existem situações em que estes resíduos são encaminhados para locais não apropriados e que, com isso, causam danos ao meio ambiente e aos cofres públicos. Quem acaba pagando a conta somos nós, é claro. O fato lamentável, além do que citei anteriormente é que, tais resíduos poderiam ser revertidos em benefícios a estas empresas e muitas nem se dão conta.

Recentemente me deparei com uma situação bastante interessante. Aliás, duas situações. A primeira foi quando, ao caminhar pelo pátio industrial de uma empresa que buscava empregar meus préstimos de consultoria, notei que havia uma enorme quantidade de materiais orgânicos sobre o chão e alguns amontoados no entorno da fabrica. Tais resíduos são oriundos da madeira (pinus e eucalipto), expelidos no momento do corte das toras, cujo produto fim é a fabricação de tabuas para construções civis, vigas e caixas para armazenagem de frutas e verduras. Misturados a esses resíduos estavam casca, serragem e pó de madeira, além de terra.

Essa mistura se transforma em uma maravilhosa e fértil composição, que pode ser utilizada em vários meios, a exemplo da jardinagem; cultivo de mudas; substrato para hortaliças; etc.

Como esta empresa contratara-me para verificar as áreas financeira, organizacional, comercial e comportamental, fiquei pensando se tais resíduos não poderiam ser aproveitados, comercializados e transformados em benefícios para seus colaboradores. Dito efeito. A empresa já programa a aplicabilidade dos recursos financeiros oriundos dessa “descoberta” à implementação de programas de capacitação; benefícios básicos, como cesta básica e plano de saúde; além de outros feitos.

Imaginamos que, com isso, a efetividade, o comprometimento, a auto-estima, além de outros aspectos importantes ligados as pessoas que integram o trabalho da empresa, como pro-atividade fatalmente apontará melhoras, repercutindo na melhoria da qualidade da mão de obra e na diminuição do turnover. Com isso, a qualidade de vida será melhorada.

A segunda situação é que o risco de incêndio e a proliferação de insetos e roedores vai diminuir ou ser totalmente eliminado. Imaginamos que daí para frente os benefícios só tendem a aumentar. Em suma, precisamos olhar para o que produzimos; como produzimos; para quem produzimos; por meio de que, e de quem produzimos e, principalmente, o que deixamos de produzir. É preciso aproveitar, sempre, as oportunidades que surgem mas, também, saber e preocupar-se em criá-las quando elas não estão claras. É preciso pensar em sustentabilidade empresarial do início “aos fins”.

Roberto Rodrigues é professor e consultor da R. R. Life Consulting

www.rrlifeconsultoria.com.br

 

 

Recycleaner: Logística de Resíduos

Imagens: da empresa, dos processos, do empresário Carlos Castro

Páginas: 4

Respeitar o meio ambiente e gerar soluções para garantir sustentabilidade

Instalada em Uberlândia, a Recycleaner desenvolve conceitos de logística e gestão de resíduos para reutilização e destinação final de produtos recicláveis, retornáveis e perigosos

A empresa Recycleaner, criada em 2002 e sediada em Uberlândia, desenvolve conceitos, cria modelos de gestão de resíduos e contribui com a melhoria dos processos para destinação adequada de resíduos industriais ou gerados por empresas comerciais, entre outras. Com dinamismo, a empresa atende uma das mais rigorosas tendências do mercado, que é a responsabilidade ambiental de cada negócio.

Legal e ambientalmente adequada, a empresa se apresenta no mercado como uma das mais estratégicas parcerias de sucesso para diversos outros negócios.

Está preparada para atender as reais necessidades do mercado quanto às melhores práticas de gestão e destinação de resíduos industriais sólidos e orgânicos (veja lista), obedecendo padrões estabelecidos por órgãos ambientais e regulamentadores, como exemplos as Resoluções do CONAMA, as Deliberações normativas do COPAM, a ISO 14001 , as NBRs 10.004, 7.500 e etc.

“Desenvolvemos práticas e conceitos ambientais, processos que são de extrema importância para o funcionamento ambientalmente correto de diversas empresas. Buscamos as melhores alternativas para auxiliar nossos clientes na destinação final resíduos de maneira adequada, sem interferir no meio ambiente”, explica Carlos Castro, diretor da Recycleaner.

Além dos resíduos recicláveis, a empresa desenvolve logística integrada de resíduos retornáveis, orgânicos e, também, perigosos. E todos estes processos são desenvolvidos com o auxílio de parceiros, por exemplo a Ecoblending, que cuida da destinação final para resíduos perigosos e contaminantes. “Recolhemos estes resíduos junto aos nossos clientes, armazenamos e encaminhamos para destinação correta, seja para a reciclagem ou para o descarte final”, informa o empresário.

A Recycleaner desenvolveu um formato de negócio que atende seus clientes dentro de um padrão profissionalizado, atendendo exigências ambientais de qualquer negócio. Para desenvolver esta logística integrada de resíduos, a empresa é dotada de caminhões com monitoramento via satélite que são acompanhados desde a coleta até o destino final do resíduo, oferecendo assim, segurança no processo. Além dos caminhões, as caçambas também são monitoradas e com o auxilio desta tecnologia, pode-se acompanhar passo a passo todas as etapas do processo.

“Dentre algumas inovações, teremos em breve como disponibilizar ao nosso cliente, uma ferramenta 24h para que ele possa acompanhar a rastreabilidade do resíduo gerado pelos processos produtivos de sua empresa. Ou seja, o cliente saberá e acompanhará, no mesmo instante, a destinação final do resíduo gerado. Nossa proposta é que o cliente seja informado do momento da coleta até o destino final do resíduo”, explica Carlos Castro.

Lixo x Resíduos

O que antes era chamado de lixo, atualmente, é considerado resíduo e são classificados enquanto recicláveis, retornáveis ou que necessitam de tratamento final antes de serem descartados (que geralmente são resíduos contaminados). “Mas, a grande vantagem é que praticamente quase tudo tem possibilidade de reaproveitamento. Assim, o que não é reutilizado ou reciclado, requer tratamento”, explica o empresário. Neste contexto, a Recycleaner desenvolve soluções na medida certa para o segmento produtivo, seja uma pequena, média ou grande indústria, assim como o comércio (principalmente com resíduos recicláveis).

É importante destacar que a Recycleaner não assume papel de empresa recicladora, ela é uma solução para o segmento produtivo, principalmente a indústria que requer certificados de segurança ambiental em seus processos. “Este é o nosso negócio. Oferecemos tudo o que uma empresa necessita para desenvolver seus processos atendendo a legislação nacional”, informa.

Segundo o empresário, a Recycleaner é uma empresa preparada para atender todas as necessidades do cliente e desenvolve um formato exclusivo de atendimento, tudo de acordo com as exigências legais e com a realidade do cliente. A empresa atende Uberlândia e a região, num raio de até 300 km, a exemplo de empresas instaladas em Catalão/GO; Uberaba; Araxá e outras cidades do entorno de Uberlândia.

Dentre os projetos futuros, está a proposta de fechar o ciclo da reutilização, ou seja, materiais recicláveis que são recolhidos, com o auxílio de parceiros no processo, a Recycleaner pretende retornar estes materiais reciclados aos mesmos clientes. No exemplo do plástico, após reciclagem, o mesmo pode ser retornado ao mercado no formato de mangueiras, e outros produtos. No caso da madeira, a mesma já está retornando ao cliente com biomassa para a geração de energia. Nestas duas situações, aplica-se a logística reversa.

A empresa já faz a gestão logística de algo em torno de 700 a 900 t/mês, mas esse volume, segundo Carlos Castro, representa menos de 10% de tudo que é movimentado só em Uberlândia. “Estamos trabalhando para agregar soluções aos nossos clientes”, enfatiza. Para o empresário, a administração de resíduos é algo básico e que todas as empresas, principalmente as ambientalmente responsáveis e que trabalham com o foco na sustentabilidade. “Essa premissa é valida aos cidadãos e, principalmente, às empresas”, reforça. O processo desenvolvido pela Recycleaner garante sustentabilidade aos clientes atendidos, além de gerar emprego com a gestão de resíduos e contribuir, diretamente, com um mundo melhor.

Inovação

A empresa é pioneira na utilização do Bulb Eater, um sistema eficiente e ecologicamente correto de destruição e descontaminação de lâmpadas fluorescentes. Este sistema foi testado e aprovado pelo Instituto de Pesquisa e Tecnologia da USP. A empresa inova um pouco mais com a coleta de resíduos orgânicos (exceto alimentos). Neste caso, destina-se, de forma ambientalmente correta, todos os resíduos recicláveis, retornáveis e principalmente os resíduos orgânicos após a sua inoculação (introdução).

A Recycleaner também fornece equipamentos de coleta, acondicionamento e transporte adequado para cada categoria de resíduo. A empresa possui equipamentos para a descaracterização, enfardamento e outros que possam ser necessários para a melhor destinação dos resíduos.

Box 1

O que são materiais recicláveis

Plástico

Papel

Papel

Embalagens diversas

Bombonas (recipiente)

 

O processo da Recycleaner

A Recycleaner faz mapeamento ambiental dos processos produtivos; identifica e analisa os resíduos recicláveis e retornáveis; elabora projeto de logística e destinação final de resíduos identificados; coleta, faz triagem, prepara e envia os resíduos para empresas recicladoras e outras licenciadas por órgãos ambientais. A empresa elabora e entrega relatórios de rastreabilidade dos resíduos coletados e destinados. A destinação pode ser reciclagem, reutilização, coprocessamento, incineração ou a inertização.

 

 

Nacional Expresso

Vantagem Competitiva por meio de Ações Sustentáveis

O conceito de sustentabilidade está intimamente relacionado com o de Responsabilidade Ambiental da Nacional Expresso. Esta idéia adquire vantagem competitiva, pois está integrada como estratégia única da empresa.

Abordada a questão de cuidar e melhorar do meio ambiente para as atuais e futuras gerações, a Nacional Expresso está de olho nas necessidades e conceitos desta Responsabilidade. Dentre as medidas aplicadas, três podem ser destacadas: a utilização do combustível diesel, a reutilização da água e manutenção preventiva dos ônibus.

Combustível Diesel

A empresa trabalha com o biodiesel desde 2007, uma boa alternativa por se tratar de uma fonte de energia renovável. Nas garagens de São Paulo e Curitiba, a Nacional Expresso utiliza o óleo diesel “BS -500” denominado metropolitano, que emite 500 partes por milhão (ppm) de presença de enxofre. Nas demais garagens, a empresa utiliza o óleo BS -1800 – conhecido como diesel do interior ou tradicional. Emite 1800 ppm.

Reutilização da água

A Nacional Expresso iniciou a primeira estação de tratamento de água para reuso na cidade de Goiânia, a fim de reaproveitá-la na lavagem dos veículos, peças e motores. Através deste processo, além de ajudar a preservar o meio ambiente, reduz drasticamente em até 90% os custos com água.

Manutenção Preventiva

No momento estabelecido, os veículos passam por inspeção nos bicos injetores, troca de filtros, nos componentes do sistema de alimentação e ajuste na bomba. Estes procedimentos permitem que, além da queima de combustível ser completa, reduz o consumo de óleo diesel e, por conseguinte, a emissão de poluentes.

A partir de iniciativas como estas, a Nacional Expresso mantêm o esforço de proporcionar benefícios à comunidade e valorizar o ambiente em que faz parte, contribuindo para que as gerações futuras tenham uma qualidade de vida melhor.

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