quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FRANCHISING

FRANCHISING

Formato de negócio cresce no Brasil

O franchising movimentou R$ 63 bilhões em 2009, um aumento de 14,7% sob o ano anterior; expectativas para 2010 projetam crescimento na ordem de 16%, com destaque para os setores das microfranquias; o de acessórios e calçados, que cresceu 41,2% em 2009; vestiário (37,5%); informática e eletrônicos (28,9%); e alimentação (21,8%)

Por Claiton M. Ramos, editor-chefe

De 9 a 12 de junho, em São Paulo, empreendedores de diversas regiões do Brasil e de outros Países participaram da maior feira de negócios de franquias da América Latina, a 19ª ABF Franchising Expo 2010, que é realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). A proposta da feira é gerar oportunidades de negócios em diversos setores da economia. O encontro movimentou mais de R$ 99 milhões em negócios com os seus mais de 300 expositores e cerca de 42 mil visitantes.

Para Ricardo Bomeny, presidente da ABF, “o evento é o local ideal para o futuro empresário conhecer mais sobre o negócio que pretende investir no mundo do franchising”. A feira foi considerada a maior da ABF desde a sua primeira edição. O reflexo positivo do evento pode ser mapeado, também, com o bom desempenho do setor franchising em 2009. O Brasil possui mais de 1640 marcas de franquias e só no ano passado 264 novas redes foram criadas, com destaque para as chamadas microfranquias, com valor de investimento em torno de R$ 50 mil.

A movimentação do setor em 2009 foi em torno de R$ 63 bilhões e cresceu 14,7% em relação ao ano anterior. Para este ano, as expectativas é que o franchising registre crescimento de 15% a 16% no faturamento. O número de unidades (pontos de vendas) saltou de 71.954 para 79.988, aumento de 11%, o que resultou na abertura de 72 mil novas vagas de trabalho.

O setor de acessórios pessoais e calçados, pelo terceiro ano consecutivo, foi o que mais cresceu, tento registrado 41,2% de aumento em relação ao ano anterior. O vestiário aparece em segundo lugar (37,5%), seguido por informática e eletrônicos (28,9%). O setor de alimentação manteve seu crescimento, na ordem dos 21,8%.

A expansão internacional também cresceu no último ano. Segundo dados da ABF, 65 redes nacionais já operam em outros países. Este crescimento lá fora se explica, em parte, pelo apoio do Governo Federal por meio de ações como o Apex Brasil, que fomenta as exportações. O Brasil é considerando o terceiro no ranking mundial em número de negócios franqueados.

Qual a melhor franquia para investir?

Segundo Patrícia Barreto Gavronski, especialista em consultoria em novos negócios e franchising, com escritório em São Paulo, há mais de 12 anos seus clientes fazem sempre a mesma pergunta: “qual a melhor franquia disponível no mercado?”. Segundo a especialista essa é uma resposta que só é possível dar após uma avaliação, criteriosa, do momento do mercado e, principalmente, do perfil do investidor. “A melhor franquia para as necessidades de um investidor pode não ser a franquia mais adequada para outro”, explica.

Para Gavronski, não existe uma regra capaz de anular, totalmente, os riscos de um novo investimento, seja ele uma franquia ou não. Uma alternativa, enfatiza a especialista, é que os riscos poderão ser minimizados quando a escolha for orientada por pesquisa, análises técnicas e de sensibilidade.

A melhor proposta de negócio, segundo a especialista, é aquela que atenda as necessidades do investidor, como satisfação pessoal, profissional e que lhe ofereça retorno. “Para identificarmos ‘essa melhor proposta’ é importante analisarmos redes franqueadoras sobre aspectos legais, financeiros e operacionais. Após essas avaliações é possível identificar algumas opções que atenderão aos quesitos do franqueado”, diz.

“Vale lembrar ainda que não existe a melhor franquia para se investir e sim a franquia mais adequada para cada objetivo pessoal, profissional e para o bolso do investidor. O mercado de franchising vem crescendo a cada ano e oferecendo oportunidades para os investidores crescerem com ele. Basta realizar a escolha de forma consciente e seguir orientações de profissionais especializados nesse mercado”, reforça Patrícia Barreto Gavronski.

Segundo dados do Sebrae, antes de fechar qualquer negócio, um candidato a franqueado deve saber quais são as opções de negócio que se encaixam melhor no seu perfil pessoal, ritmo de vida e capacidade de investimento. “Para evitar frustrações com negócios que exigem investimentos além das suas economias, é recomendável restringir as oportunidades conforme o volume de investimento necessário para adquirir e montar a franquia”, explica Marco Militelli, consultor e especialista em fusões e aquisições dentro do setor de franchising.

Para o consultor, o mercado de franchising brasileiro, empresarialmente falando, ainda não está completamente maduro. “Diferentemente quando se avalia redes mundiais de franchising, que já é possível falar como ‘gente grande’, com bastante sustentação”, explica. Mas, mesmo não tendo atingido maturidade, muitas franquias nacionais têm atraído fundos de investimentos e investidores pesados nos últimos anos. “O amadurecimento atual é outro, mas ainda há muito a se fazer”.

Para Marco Militelli, um dos fatores principais de sucesso dos negócios franqueados é o envolvimento do franqueado no processo de vendas, na linha de frente, no contato com o público. “Quanto maior a habilidade e disponibilidade comercial do franqueado, maior as suas chances de sucesso”. É fundamental entender que investir em uma franquia é empreender e assumir riscos. Para o consultor, o sistema de franquias até minimiza estes riscos, mas também concorda que não é o suficiente para zerá-los em um novo negócio. “Uma franquia não é garantia de sucesso, ela apenas reduz margens de erros”, complementa.

A Negócios Minas foi ao mercado de Uberlândia para conhecer um pouco mais com empresários que desenvolvem, na prática, estratégias e propostas de negócios franqueados. Além de representantes das franquias mais vendidas no Pais, segundo ranking da ABF, convidamos empreendedores que estão apostando em franquias inovadoras no mercado nacional, a exemplo da Subway e a Cia. da Empada, esta última no segmento das microfranquias, um dos segmentos que mais cresce no ramo de franchising do País, com investimentos iniciais na ordem de R$ 50 mil.

Retrancas

Casa do Pão de Queijo | A 20ª mais vendida no Brasil

Aprender com quem faz na prática

Leticia GomideA empresária Letícia Gomide Santos Dias, definiu seu investimento há praticamente dez anos e acabou se tornando, com a decisão, a primeira franqueada em Minas a abrir uma loja shopping da Casa do Pão de Queijo. A franquia que nasceu na década de 1970 em São Paulo continua conquistando consumidores nacionalmente até os dias atuais. Por aqui, Letícia, que atuava no setor bancário, optou pelo investimento com um objetivo claro: “Sempre quis servir, e bem, as pessoas. Troquei de profissão e atualmente sou barista. Me aperfeiçoei no negócio de cafeteria, ramo o qual sempre procuro agregar inovações, e me sinto realizada”, reforça.

Para a empresária, mesmo o negócio sendo uma franquia, é fundamental se propor a acompanhar tendências, sempre com o foco no consumidor. A Casa do Pão de Queijo, por exemplo, foi desenvolvida com o propósito de recriar, em São Paulo, uma “casa” específica de produtos mineiros, a exemplo do pão de queijo. Uma proposta que rendeu, inclusive, a criação do inesquecível personagem, que é a “Vovozinha do Pão de Queijo”, reconhecida em qualquer parte do País.

Com constantes mudanças de perfil de consumo, a franquia se reposicionou e ingressou no negócio de cafeteria, uma proposta que está sendo muito bem aceita pelos consumidores no mercado nacional e, principalmente em Uberlândia. Por aqui, a praça Minas é considerada um viés, quando comparada com as demais no País. “É que nossa cultura de ir até a cafeteria está só começando. Por aqui, temos o hábito de fazer, e muito bem, quitandas em casa”, explica a empresária.

Para Letícia, no negócio atualmente é preciso oferecer mais que um excelente serviço. “O cliente quer mais e, para oferecermos mais, precisamos estar engajados com o negócio”, explica. Segundo a franqueada, obter sucesso com uma franquia, é preciso que o franqueado esteja fazendo o que lhe dê prazer, com características pessoais. “Tenho identificado tudo isso com a franquia, tem sido um bom negócio, mas sei que podemos melhorar”, diz.

O negócio, segundo Letícia tem uma taxa de retorno média (payback) de 36 meses, tempo variável de acordo com cada praça. No Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do Sul, o prazo tem sido reduzido. A rentabilidade chega a 12% do valor faturado. O investimento inicial gira em torno de R$ xx mil.

 

 

Subway | Entre as mais vendidas no Brasil

Ter um negócio próprio

Camila PradoO desejo de milhões de empreendedores foi colocado em prática por Kamila Prado, que sonhava em deixar de trabalhar para alguém e ter o seu próprio negócio. A opção por uma franquia foi em virtude de receber um modelo de gestão já experimentado e aprovado. O próximo passo era escolher em que negócio investir. Kamila iniciou então um período de identificação. Um dos principais quesitos que buscava era a credibilidade da marca. Após viagens aos Estados Unidos, e de ter identificado o crescimento da Subway por lá, além de ter conversado com franqueadores americanos, definiu que o novo negócio que investiria no Brasil seria uma loja da Subway, em Uberlândia.

“Procurei conhecer números, o tempo de dedicação no negócio, o feedback do franqueador e, lógico, experimentei o produto e adorei! Foi então que tomei a decisão de iniciar meu primeiro negócio próprio, juntamente com minha sócia”, diz Kamila Prado. A loja, no conceito shopping, foi inaugurada em agosto de 2007 na praça de alimentação do Center Shopping, em Uberlândia. “Acreditei na marca e no apelo que ela desenvolve para o bem estar das pessoas, com produtos saudáveis. Tudo isso foi fundamental para a nossa tomada de decisão”, diz.

Após a decisão veio a preparação para iniciar o negócio. O treinamento foi nos EUA, quase um mês. “Exaustivo, mas preparativo. Todos os franqueados passam por ele. É quase um treinamento de ‘guerra’”, brinca. Kamila explica que durante este período o franqueador entrega o conceito, mas o negócio quem desenvolve é o franqueado. “O desenvolvimento do negócio depende de você, pois é você quem estará a frente”, explica.

O formato foi muito bem aceito pelo consumidor de Uberlândia, tanto que as empresárias definiram pela abertura da segunda loja, agora no conceito rua, instalada no centro da cidade e já avaliam, juntamente com o sócio Marcelo Loureiro, a possibilidade de abertura de uma terceira loja da marca em Uberlândia.

Para Kamila, o atendimento do franqueador é essencial para o sucesso do negócio. “Todos os meses um fiscal da Subway faz uma visita surpresa. Este fato é muito positivo. Ele leva ideias que criamos e traz inúmeras outras de franqueados da rede, que sempre são muito bem vindas”, explica.

A empresária não tem dúvidas de que fez a escolha correta. “Tenho muito orgulho de trabalhar com a Subway. Atendo atrás do balcão com o maior prazer e preparo os melhores sanduíches da cidade”, brinca novamente. E todo este entusiasmo tem uma explicação de mercado. Nos negócios convencionais, após seis a sete anos, cerca de 70% das empresas fecham as portas. Este índice no universo das franquias não ultrapassa os 6%.

O negócio Subway foi iniciado nos Estados Unidos por Fred de Luca. Atualmente a marca já esta representada em 84 países, com mais de 31 mil lojas. A primeira loja de Kamila foi a centésima no Brasil. A segunda loja, inaugurada em 2009, já foi a de número 200. A rede fechou o ano passado com 350 lojas no Brasil e a previsão para este ano é que chegue a 500 lojas. O investimento pode variar pelo porte e o formato da loja, de R$ 200 a R$ 500 mil. O retorno é previsto em dois a três anos.

 

 

Bobs | A 13ª mais vendida no Brasil

Uma escolha e uma avaliação criteriosa

Cristiane_BobsA empresária Cristiane Santos Fahd é dona de duas lojas Bobs na região do Triângulo Mineiro, uma em Uberlândia que já está completando cinco anos e outra em Uberaba, com três anos. Definir em qual negócio investir, segundo a empreendedora, não é tara fácil. No seu caso, a primeira decisão foi pelo formato franquia, que na opinião de Cristiane oferece maior segurança do capital investido. “Diversos fatores me levaram a escolher uma franquia, a exemplo da maior segurança e conhecimento sobre o negócio que o franqueador me oferece”, explica.

Mas o investimento ainda não estava totalmente definido. Tinha que escolher o ramo de franquia que pretendia atuar. Escolheu alimentação e então começou, segundo ela, uma grande pesquisa para identificar “tudo” sobre o negócio que pretendia. “Após eu ter sido aprovada na rede Bobs, iniciei uma avaliação completa da rede, visitei outros lojistas, aprofundei no assunto, antes de ter a certeza de que estava fazendo o investimento certo”, reforça.

A ramo da alimentação foi escolhido por impactar menos com variações econômicas. Por outro lado, é uma área que Cristiane gosta de trabalhar. Com toda essa avaliação, antes da decisão, a transformou em uma franqueada engajada, preparada para avaliar qualquer tendência de crescimento sobre o seu negócio na região. Um bom exemplo foi a abertura da segunda loja em Uberaba e, mais recente, os planos de inauguração, em Uberlândia, de um Bobs Drive-In (atendimento na rua) e uma terceira loja no novo shopping que será inaugurado na cidade.

“Me sinto amadurecida dentro do negócio. Um estágio que me possibilita avaliar novas oportunidades de crescimento na região. Me sinto conhecedora do negócio”, enfatiza, explicando que os franqueados Bobs tem por característica, em todo o Brasil, ter mais de uma loja. “Atualmente convido o franqueador apenas para ele validar as minhas ações de expansão”, e todas têm sido aprovadas, sinal de que a lição de casa, Cristiane fez e muito bem.

O retorno no início do negócio foi projetado para quatro anos e a empresária atingiu sua meta. Segundo ela, este time é definido, na maioria dos casos, pela gestão de cada loja. “Eu trabalhei para que o meu investimento retornasse nesse período”, diz. O investimento para uma loja Bobs, atualmente, gira em torno de R$ 430 a R$ 900 mil.

Dentre as novidades da rede no Brasil, uma parceria com a Nestlé garante vida longa a um dos carros-chefes da rede, que são os milk shakes, da linha crocante, por exemplo, com o chokito, crasch e ovomaltine. Com a parceria passa a ser servido, também, de prestígio.

 

 

BonaFruta

Empresa cria formato de franquia no mercado de sorvetes

Cairo Carvalho01O empresário Cairo César Carvalho há cerca de cinco anos decidiu abrir um negócio próprio juntamente com seu tio Marcos Vinício e sua mãe Marli Oliveira e a definição foi por uma sorveteria. O negócio envolvia a fabricação e a venda de picolés e sorvetes. O investimento inicial foi resultado da venda do carro próprio e de uma pequena parcela que o empreendedor buscou no banco. Nascia a Chocomê Indústria de Sorvetes, que já nos primeiros meses de funcionamento conquistou a preferência de consumidores e o interesse de muitos empreendedores em revender os produtos. Um interesse instantâneo motivo, avalia o empresário, pela qualidade final do produto.

“A nossa qualidade sempre foi fator diferenciador no mercado, algo que sempre atraiu interessados em revender nossos produtos, uma condição que, já no primeiro ano de funcionamento, já tínhamos iniciado o processo de franchising da ideia”, diz Cairo. No começo era uma máquina para fabricar picolés e outra para produzir sorvete e muita vontade de conquistar o mercado. A qualidade sempre foi fator motivador do empresário, da escolha da matéria prima, o processamento e o atendimento. “Mesmo sem termos definido bem o nome da empresa, já abrimos a segunda loja”, diz.

Sem restrições no mix de oferta, a empresa foi recebendo sugestões de sabores e incluindo no cardápio. Marcos Vinício, sócio e químico da empresa não se cansava de inovar e elaborar novas receitas,  produzidas com frutas naturais e o chocolate como base. Nesse conceito, o mix foi se expandindo e ganhando apreciadores em Uberlândia e região. “Não criamos limites em nosso cardápio, sempre objetivamos ampliar nosso mix, considerando as preferências e sugestões dos nossos clientes”.

E com esta estratégia nascia a BonaFruta, uma proposta que reúne, além de sabores, conceito e tecnologia, uma excelente condição de negócio, na categoria de microfranquias. “Queríamos ser uma sorveteria completa, oferecendo muito mais que as tradicionais frutas da nossa região e do cerrado brasileiro. Contudo, criamos o formato de um negócio simples, ou seja, uma sorveteria, com operação rentável”, explica Cairo.

Atualmente são 115 sabores de picolés e outros 90 de sorvetes. O conceito são loja de varejo, de pequeno a médio porte, além de quiosques. A rede BonaFruta já possui 20 lojas espalhadas em Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo. E a proposta de negócio, como enfatiza Cairo, “é muito simples”. A produção dos picolés e do sorvete é de responsabilidade da Chocomê, instalada em Uberlândia. A proposta de franquia é somente para a revenda do mix fabricado, que leva a marca Bona Fruta.

Além de logística própria, a empresa oferece treinamento e optou por uma rígida seleção de interessados na franquia de revenda dos produtos. “Queremos identificar empreendedores que possam dar sequência e consistência ao nosso negócio, ou seja, é fundamental ter visão empreendedora”, reforça. Para atender a rede, a fábrica já produz, em um único turno, sete mil picolés e média de 700 litros de sorvete/dia. Para garantir essa produção, todo o maquinário inicial já teve que ser substituído para atender a crescente demanda. Mesmo assim, Cairo informa que sua capacidade instalada suporta a duplicação da rede. “Estamos preparados para crescermos no mercado de sorvetes e picolés de qualidade”.

A garantia de sucesso

Para o empresário, não existe uma fórmula mágica de buscar ou garantir sucesso no mercado. “É de extrema importância você respeitar o seu cliente, o seu consumidor”, traduz Cairo. E este respeito, na visão do empreendedor, está diretamente ligado à qualidade dos alimentos que a empresa produz, ou seja, “cada vez mais precisamos oferecer aos nossos consumidores produtos de qualidade e saudáveis, que possam contribuir com o bem estar das pessoas”, reforça. Com este objetivo levado a sério, a empresa desenvolveu um conceito de produção que já é traduzido em responsabilidade no mercado, que é preservar e contribuir com a saúde dos consumidores, uma segurança alimentar que vai além da embalagem e da qualidade dos produtos. “Criamos um conceito de fabricação de sorvetes e picolés que, entre outras definições, respeita a saúde do consumidor”.

E não por acaso que a visão da empresa estima a perenidade. Para Cairo, o negócio não foi formatado para ter uma vida útil definida. “Queremos que nossa proposta de negócio dure para sempre. Para essa condição, respeitamos e endentemos que, o nosso varejo, o nosso cliente lojista é a principal base do nosso negócio”, diz.

O início do negócio

Além da criteriosa avaliação dos novos franqueados, Cairo explica que este empreendedor precisa ter visão estratégica e uma gestão afinada para que o negócio tenha sucesso. Além do treinamento, a empresa acompanha o novo franqueado em todas as etapas, da escolha do local, dos equipamentos necessários ao formato da loja. “Somos mais de 20 anos de experiência neste mercado, o que nos possibilita preparar, e bem, nossos novos franqueados”, explica Cairo, justificando que, além dos cinco anos de empresa, os profissionais que compõem a Chocomê já atuavam no mercado de sorveteria há mais de 15 anos.

“Mesmo o comportamento de consumo no Brasil estar em constante alteração, principalmente no mercado de sorvetes, ainda estamos longe do ideal”, diz Cairo. Por aqui, o consumo de sorvete é de 4 litros/ano, enquanto que no Canadá, por exemplo, chega a 23 litros/ano por pessoa. Mas, mesmo com esta discrepância, o mercado de sorvetes no Brasil já é considerado um excelente negócio em expansão.

Uma loja Bona Fruta, considerada padrão média, exige investimento de R$ 40 a R$ 50 mil. Essa loja tem capacidade para ofertar média de 60 sabores. E este é outro fator importante, ou seja, a preferência de consumo de picolés em Uberlândia é diferente de Brasília, que é diferente de Ribeirão Preto, entre outras praças. “Essa definição dos sabores com maior saída, conseguimos sugerir aos nossos franqueados”, explica.

O retorno é estimado em 12 a 24 meses. Mas a rede já registrou recorde de retorno em seis meses em duas de suas lojas. “Dependerá muito da praça, do formato de loja e do mix definido”, diz. A rentabilidade do negócio gira em torno de 20% a 40% do faturamento bruto.

 

 

Park Idiomas

Método exclusivo de aprendizado de idiomas é transformado em oportunidade de negócio

Eduardo PachecoA oportunidade gerada no mercado possibilitou a criação de uma metodologia que veio revolucionar a maneira de ensinar inglês e espanhol aqui no Brasil. E a proposta foi desenvolvida, em meados de 1998, pela Park Idiomas, empresa de Uberlândia que recebeu, na época, um desafio: ensinar inglês aos futuros funcionários da unidade de Ácido Cítrico da Cargill (a primeira fora dos Estados Unidos), que foi inaugurada no final daquela década em Uberlândia. A necessidade era possibilitar integração entre colaboradores da unidade Uberlândia com a fábrica americana, instalada no Estado de Iowa, nos EUA.

Os fundadores da Park Idiomas, Eduardo Pacheco e Paulo Arruda aceitaram o desafio e responsabilizaram-se pelo desenvolvimento daquelas equipes. Mas existia um problema: os sócios sabiam que o método tradicional de ensino de idiomas não garantiria sucesso ao projeto. Isso por diversos fatores, sendo um deles o descontentamento do mundo corporativo com relação aos resultados obtidos com o aprendizado tradicional, ou seja, “estava claro que as pessoas não aprendiam a falar o idioma estudando”, explica Eduardo Pacheco.

Era preciso reinventar a maneira de ensinar, principalmente com a quebra de paradigmas. E o desafio maior era desenvolver uma nova metodologia de ensino. Foi então que, baseados na proposta de qualidade dos japoneses, os empresários se sustentaram com uma inovadora maneira de ensinar idiomas. No Oriente, a metodologia que sempre foi inovadora para o desenvolvimento e controles na fabricação de produtos, foi aprimorada a partir da década de 1970 e elevou o Japão, de um simples “copiador”, a um gigante na inovação mundial. “Deixaram de copiar e passaram a gerar novos mercados”, diz Eduardo.

E a mudança, analisada hoje, foi simples: os japoneses passaram a ouvir e entender qual a “voz do cliente”, ou seja, o que ele pensa sobre um determinado produto ou necessidade específica. “No nosso exemplo, a necessidade era ensinar idiomas. Passamos então a ouvir a voz do cliente para entender o que ele gostaria de aprender, com quem ele gostaria de aprender, além do que gosta e não gosta”, explica Eduardo.

Um questionário é elaborado, as informações são analisadas e o resultando é a identificação do que o cliente verbaliza e o que ele não verbaliza. “No desenvolvimento da metodologia, ficou claro que as pessoas não queriam só comprar um curso de inglês, elas queriam falar o idioma, e falar com autoconfiança, da mesma maneira em que falam a língua portuguesa. E cumprir a nossa meta naquele momento seria praticamente impossível com as metodologias existentes, onde maioria aborda um processo de racionalização do idioma. E na verdade um idioma não é nada racional, a linguagem fica do lado direito do cérebro, ou seja, é um processo natural do ser humano, e precisa ser ensinado dessa maneira. E assim criamos uma metodologia única de ensino de idiomas aqui no Brasil e, desde a primeira aplicação, o sucesso foi incrível”, reforça Eduardo.

Após ter sido aprovado, na prática, os empresários permaneceram por um período de ajustes do modelo, mas já entendiam que tinham desenvolvido uma metodologia de sucesso para o ensino de idiomas aqui no Brasil. No período de 2001 a 2007 fizeram todas as adequações, inclusive como modelo de negócio e, em junho de 2007, partiram para a expansão da proposta no forma de franquias. Atualmente a Park Idiomas está presente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Bahia. “Um dos principais fatores que contribui com a nossa expansão para o mercado nacional é a eficácia do método, além do equilíbrio do modelo de negócio criado”, diz Eduardo.

A formatação da franquia

“Formatar nosso negócio para o modelo de franquia era a certeza que tínhamos de garantir que o dono sempre estaria próximo do cliente. Entendemos que a presença de uma pessoa altamente comprometida com o resultado final, e tendo claramente a visão do negócio, soma pontos para atingir o sucesso. E quando falamos de serviço e do comprometimento como é a nossa missão, que é ‘através de uma metodologia altamente eficaz contribuir para o desenvolvimento de pessoas e organizações para que usufruam do benefício de um mundo sem fronteiras’ não temos dúvidas sobre a importância da presença do dono”, enfatiza Eduardo.

Era necessário, além de ter um produto especial, ter um modelo de negócio com propostas de valores altamente rentáveis para cada membro participante. Para a expansão, avalia Eduardo, é fundamental a participação de pessoas que entendam de gente, uma condição que é facilitada com o modelo de franchising., onde há a possibilidade da seleção, tanto enquanto franqueadores (modelo de negócio), e como franqueados (empreendedores que darão sequência à missão do negócio).

Neste formato, a Park Idiomas dividiu o País em 37 regiões e criou escritórios regionais, já no modelo de máster franqueadores, ou seja, além de montarem a primeira unidade da região, será o modelo para a expansão da marca na localidade. A Park Idiomas ensina inglês e espanhol. “Somos focados nessas duas línguas por apresentarem com maior demanda no mercado”.

A metodologia da Park procura solucionar três necessidades: a autoconfiança ao falar; o prazer e a rapidez em se comunicar em um destes idiomas. Para Eduardo, a franquia já vive um momento de amadurecimento, com uma sintonia na distribuição de valores do negócio. “Encontramos a maneira mais adequada para fazermos a nossa distribuição (expansão) e nos sentimos seguros com este processo, o qual se torna mais forte e perene em nossa condição de mercado”, reforça.

A Park não faz restrições por porte de cidade, mas sugere que tenha no mínimo 50 mil habitantes para a instalação de uma unidade. O modelo de aprendizagem poderá ser em salas na própria empresa ou no conceito in company. “O que avaliamos, criteriosamente, é o perfil do nosso novo investidor. Precisa ser uma pessoa que esteja de acordo com nossos requisitos de perfil par que tudo aconteça no mercado. Assim, além de capacidade de investimento, avaliamos o perfil dos nossos novos franqueados”, explica.

O negócio

A franquia da Park oferece uma das melhores rentabilidades sobre o capital investido, podendo variar de 5% a 20% ao mês. O investimento inicial, que também dependerá da estrutura a ser criada, pode oscilar entre R$ 80 a R$ 150 mil. A Park, além da proposta de negócio, oferece serviços exclusivos, como a terceirização de tudo o que não faz parte do core business. “Acreditamos que o negócio de idiomas está ligado, diretamente no relacionamento com o cliente (o aluno) e no ensino do idioma (aprendizado). E isso é o que franqueado precisa desenvolver bem. As demais atribuições, nós responsabilizamos”, diz Eduardo.

Neste pacote inclui todas as ações de marketing (incluindo a criação e a veiculação de propaganda), além de todos os processos financeiros. “Uma coisa é você criar processos e produto, outra coisa é você ter a certeza de que as pessoas dentro daquela nova organização vão, efetivamente, reproduzir todos esses processos e esse produto em toda sua potencialidade”, diz. A Park opera com dois modelos de franquias: o Centro de Idiomas (com estrutura física – atualmente já soma 21 franqueados); e o modelo Franquia Compacta (empreendedores que só utilizam a infraestrutura já existente de uma unidade – que já somam mais de 90 pessoas envolvidas neste processo).

Na satisfação, o aluno Park aprova o método em 93%. O índice de satisfação do franqueado está balizado em 85%. No Brasil, média de 3% da população estuda um idioma. No Japão são 7%. “Acreditamos em uma excelente oportunidade de negócio aqui no Brasil, pois o mercado de dobrar nos próximos anos”.

O aprendizado

Especialistas da Park confirmam que conhecer mil palavras de um idioma já é o suficiente para conseguir se comunicar, construir diálogos, mas ainda não terá proficiência. “Essa primeira etapa nós conseguimos internalizar em 60 horas. Como o processo é consultivo, os cursos são sempre formatados de acordo com a necessidade do aluno. Há casos onde o aluno completa as 60h em apenas três meses”, explica Eduardo.

Em um segundo estágio, que é atingir a fluência, o aluno precisará de aproximadamente 1.8 mil palavras, o que levará cerca de 140h de estudos. “No total, a fluência será atingida com 200h de aprendizagem. No ensino tradicional, são geralmente 1.2 mil horas”, enfatiza.

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Características fundamentais

para um futuro franqueado

Boa comunicação
Perfil de gestão
Flexibilidade para mudanças
Dedicação no negócio
Competência em seguir tendências

(Fonte: Guia Sebrae de Franchising)

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Como escolher sua Franquia

Oito passos que poderão auxiliar na sua escolha. Tenha consciência de que uma franquia pode reduzir os riscos relacionados à implantação, operação e gestão de um negócio, mas não os elimina de vez. Seu sucesso dependerá, em muito, do apoio que o franqueador possa lhe oferecer e de sua própria dedicação ao negócio. (Fonte: Guia Sebrae de Franchising)

1. Auto Avaliação
Certifique-se de que você está preparado para ser um empresário e para ser um franqueado, fazendo uma auto-avaliação.
2. Compare seu perfil com as oportunidades no mercado
Compare suas características pessoais com as peculiaridades de cada segmento da atividade empresarial em que estiver pensando em ingressar: aspectos físicos, identificação com o tipo de negócio, necessidade de deslocamentos, só para citar alguns exemplos.
3. Faça contatos com os franqueadores
Lembre-se de que estará ocorrendo um processo mútuo de avaliação: você estará avaliando o franqueador e ele, por sua vez, estará avaliando você. Muito cuidado: a escolha deve ser sua! Evite intermediários.
4. Avalie as informações
Compare suas características pessoais com as informações enviadas pelos franqueadores selecionados e descarte aquelas franquias com as quais você não se identifique, ou para as quais perceba que não tenha as características necessárias.
5. Inicie a investigação
Feita a triagem prévia, procure restringir sua investigação a um número reduzido de franquias. Caso contrário poderá perder o foco.

6. Avalie a franquia e o franqueador
Procure conhecer o máximo que puder sobre a estrutura organizacional do franqueador, seu "pacote de franquia" (quais serviços são oferecidos pela empresa franqueadora), seu programa de treinamento, seus manuais e sua(s) unidade(s) piloto (as unidades próprias onde o franqueador testa, na prática, novos produtos ou serviços, antes de implantá-los na rede).
7. Entreviste os franqueados
Peça a cada franqueador uma relação completa de todas as suas franquias em operação e também daquelas que, por algum motivo, foram fechadas ou revendidas. Não deixe de procurar os ex-franqueados, aqueles que, por qualquer motivo, abandonaram a rede, ou foram excluídos dela.
8. Tome sua decisão
Liste os itens investigados e dê nota de zero a dez a cada franquia, com relação a cada um deles. Escolha a franquia de melhor pontuação, a que melhor se adapte a você, e verifique mais uma vez se seus recursos financeiros serão suficientes para adquirir e implantar uma unidade da mesma. Consulte um bom advogado, que entenda de franchising e de negócios, para ajudá-lo a analisar a Circular de Oferta e também o Contrato de Franquia (item a item).

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Classificação

Rede

Segmento

Total de Unidades

 

O BOTICÁRIO

Cosméticos e Perfumaria

2815

 
 

KUMON

Educação e Treinamento

1599

 

COLCHÕES ORTOBOM

Móveis, Decoração e Presentes

1414

 

MCDONALD´S

Alimentação

1291

 

WIZARD IDIOMAS

Escolas de Idiomas

1246

 

L´ACQUA DI FIORI

Cosméticos e Perfumaria

1166

 

ESCOLAS FISK

Escolas de Idiomas

997

 

AM PM MINI MARKET

Negócios, Serviços e Conveniência

963

 

HOKEN

Beleza, Saúde e Produtos Naturais

898

 

10ª

CCAA

Escolas de Idiomas

805

 

11ª

MICROLINS

Educação e Treinamento

747

 

12ª

CACAU SHOW

Bebidas, Cafés, Doces e Salgados

744

 

13ª

BOB´S

Alimentação

674

 

14ª

CNA

Escolas de Idiomas

580

 

15ª

JET OIL

Serviços Automotivos

578

 

16ª

BR MANIA

Negócios, Serviços e Conveniência

517

 

17ª

OI FRANQUIA

Comunicação, Informática e Eletrônicos

470

 

18ª

CARRINHO CHOPP BRAHMA

Bebidas, Cafés, Doces e Salgados

458

 

19ª

LOCALIZA RENT A CAR

Serviços Automotivos

443

 

20ª

CASA DO PÃO DE QUEIJO

Bebidas, Cafés, Doces e Salgados

441

 

21ª

UNEPX MIL 48HORAS

Serviços Automotivos

438

 

22ª

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420

 

23ª

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412

 

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Beleza, Saúde e Produtos Naturais

390

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